quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Spam e vírus: esse problema tem solução?

Spam e vírus: nada menos que 18 e-mails infectados em um único dia

A imagem acima mostra a quantidade de e-mails spam infectados com vírus que recebi em um único dia, de acordo com o antivírus CLAMAV.

Na verdade, o número foi muito maior, já que alguns vírus não foram detectados pelo CLAMAV e tive que identificá-los com o AVIRA , AVAST ou AVG.

Houve ainda um caso em que nenhum desses antivírus detectou coisa alguma e precisei recorrer ao site VirusTotal para identificá-lo. Veja a descrição do caso neste perfil de site no McAfee Site Advisor, em que apenas 7 programas antivírus de um total de 41 foram capazes de identificar o cavalo de tróia.

A primeira questão que quero abordar a partir desses resultados é o mito de que usuários Linux "não precisam" de softwares antivírus instalados em suas máquinas.

Para começar, penso que esse é um erro de lógica. O fato de que os sistemas Linux sejam praticamente imunes a vírus se usados com prudência não implica que você não precisa ter um antivírus. Afinal, será que você consegue dormir tranqüilo sabendo que tem todo aquele lixo exibido na imagem livre na sua máquina?

Sinceramente, prefiro saber que, no meu PC, só há código que eu decidi ter, sem nenhuma porcaria maliciosa criada por terceiros.

Em segundo lugar, os sistemas Linux não são à prova de erros, muito menos de erros cometidos por usuários inexperientes ou com pouco conhecimento do sistema.

Terceiro, minha máquina Linux não é uma ilha. A partir do momento em que entro na internet, uso programas de comunicação instantânea, e-mails e compartilhamento de arquivos, minha máquina começa a fazer parte de uma grande Babel de sistemas com as mais variadas configurações. Assim, sou responsável por toda contribuição que eu fizer, ainda que voluntariamente, a esse grande sistema chamado internet.

Todo usuário de computador responsável se preocupa em garantir que essa contribuição não seja ajudar a disseminar vírus ou programas maliciosos, inclusive repassando e-mails com lindos arquivos ou links infectadíssimos.

Há ainda uma segunda questão, que vale para todos os tipos de usuários, independente do sistema operacional.

A segurança de seu computador e de seus dados pessoais e financeiros depende de muito mais do que do antivírus ou pacote de "internet security" que você tenha instalado em sua máquina.

A segurança de seu computador depende, antes de mais nada, de seu bom senso.

Por exemplo, antes de clicar em um link de e-mail, verifique se você conhece a pessoa que o enviou e se há realmente alguma chance de que a mensagem seja autêntica, independente do quanto você acha que seu computador está protegido por todos os firewall, antivírus e antispywares do mundo.

Isso porque muitos dos e-mails que recebemos contém vírus e cavalos de tróia recentíssimos, que provavelmente não serão detectados pelo seu software de segurança. Dependendo do quanto a mensagem do spammer seja convincente, até o mais experiente usuário pode ser enganado em um momento de desatenção.

Por isso, procure informar-se, mantenha-se atento e incentive seus amigos a fazer o mesmo. Porque não tem graça enviar um spam se todo mundo jogá-lo no lixo, não faz sentido criar um cavalo de tróia se ninguém cair no golpe.

A melhor maneira de combater os golpistas é aprendendo a não cair em golpes. E a gente aprende a não cair em golpes com informação, em vez de confiar demais em proteções automáticas que só protegem até o ponto em que o golpista não tenha aprendido a burlá-las.

2 comentários:

  1. Infelizmente a quantidade de lixo virtual é crescente, o que também torna o sistema de e-mail cada vez menos confiável, já que são necessários filtros cada vez menos permissivos para conter os SPAMs, e que acabam por vezes barrando mensagens legítimas.

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  2. É por isso mesmo que a solução passa necessariamente pela educação do usuário, ensinar as pessoas a não cair em golpes por mais bem feitos que sejam.

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